O
termo “sustentabilidade” vem ganhando
força. Definitivamente entrou nos contextos mais diversificados das agendas das
empresas. Profissionais das mais
variadas áreas procuram conhecer, aprofundar, repensar e pesquisar todo e
qualquer conhecimento a respeito desse assunto. Pedro Jacobi, da USP e
coordenador do Teia (Laboratório de Educação e Ambiente) autor de “Educação
ambiental, cidadania e sustentabilidade” afirma que “os grandes desafios para os educadores (...) são, de um lado, o resgate
e o desenvolvimento de valores e comportamentos (confiança, respeito mútuo,
responsabilidade, compromisso, solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo
a uma visão global e crítica das questões ambientais e a promoção de um enfoque
interdisciplinar que resgate e construa saberes”.
Em “Pedagogia da Terra: ecopedagogia
e educação sustentável” Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire,
confronta o modo como produzimos, consumimos e convivemos de uma maneira mais
radical e abrangente. Gadotti solicita para que tenhamos “um novo olhar sobre a educação, um olhar global, uma nova maneira de
ser e estar no mundo, um jeito de pensar a partir da vida cotidiana, que busca
sentido em cada momento, em cada ato, que ‘pensa a prática’ (Paulo Freire) em
cada instante de nossas vidas, evitando a burocratização do olhar e do
comportamento”.
Se de um lado temos esses e
tantos autores, pedagogos, filósofos, pesquisadores levantando ações reais e
concretas em busca de melhorias progressivas sobre a qualidade de vida atual e
futura das pessoas que habitam na Terra, porque não repensarmos que não só a
sustentabilidade ambiental, mas também a pessoal e profissional devem ser
repensadas a partir de suas próprias práticas?
Todos nós temos convicção
que os colégios são empresas vivas, pois quem compõe o espaço físico, são colaboradores
e por tanto seres vivos. Os quais sofrem
e estão repletos de anseios, de satisfações, decepções e muitas alegrias. São
pessoas que dão ideias, que fazem projetos, repensam suas potencialidades e
práticas, buscam melhorias e até aceitam determinadas regras de sobrevivência.
Pessoas que levam consigo
princípios éticos, morais, criativos, inovadores, muitas vezes não só buscando
uma realização profissional mas,
tentando atingir resultados pré-estabelecidos por si próprio.
Seres humanos que ainda não
perceberam que o termo “sustentabilidade” está intimamente ligado a “uma nova maneira de ser e estar no mundo”.
Repense junto comigo alguns
pontos essenciais para gerarmos parte de nossa “sustentabilidade profissional”:
Ø Assuma a responsabilidade por seus
atos.
Ø Desenvolva a disciplina pessoal.
Ø Conheça suas fraquezas.
Ø Alinhe suas prioridades e seus
valores.
Ø Admita logo seus erros e peça
desculpas.
Ø Tome cuidado dobrado com as finanças.
Ø Coloque a família antes do trabalho.
Ø Valorize as pessoas.
Entre tantas características
a serem mais desenvolvidas em 2011, insira naturalmente mais uma: assertividade! Seja e busque ser
assertivo. Pessoas assertivas aceitam melhor os obstáculos, os fracassos e as
adversidades da vida, tirando sempre lições positivas dos mesmos e mantendo
sempre uma frase positiva “bola pra frente” para atingir seus sonhos e
objetivos, nunca se isolando das pessoas com as quais convive e mais que tudo
levam a vida com uma grande dose de alegria.
O filósofo Mário Sérgio
Cortella explica que seriedade não é necessariamente sinônimo de tristeza ou
falta de humor. “O contrário de seriedade
não é alegria, mas, sim, falta de compromisso”. Para ele, não há dúvida de
que o tema ‘sustentabilidade profissional’ pode ser tratado com bom humor. “Por ser um tema sério, precisa de atração,
sedução e conexão, e isso o humor pode oferecer. O humor serve para encantar e
não apenas para distrair ou fazer desaparecer o foco. Como uma expressão inteligente
da capacidade humana, espanta, interroga, surpreende, ensina e faz pensar”.
“Ainda não apareceu o
Gandhi da sustentabilidade nem o Mandela da biodiversidade. Não apareceu nenhum
Martin Luther King para a mudança do clima. Mas não basta um no mundo. Tem que
ter aos milhões, em todas as atividades.”
Fernando Almeida.
Presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
Presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.