Brasil, Pátria Educadora? Diversos
olhares.
“Brasil, Pátria
Educadora” é o slogan do segundo mandato da Presidenta Dilma Rousseff. Congresso. Segundo ela, o termo tem duplo sentido e quer dizer, ao mesmo tempo,
que a educação é a “prioridade das prioridades” e também que o governo deve
procurar sempre um sentido formador em todas as suas ações.
Brasil, Pátria Educadora?
Talvez não, frente a humilhante
posição ocupada pelo Brasil. A 38ª de 40 países no ranking divulgado em
maio de 2014, o qual analisou resultados de provas de Matemática, Ciências e
leitura, e também índices como taxas de alfabetização e aprovação escolar.
Talvez não, por conta
do investimento para que tal processo ocorra. Dizer que a "pátria
educadora" será constituída graças aos royalties do pré-sal é
insuficiente. Mesmo se a Petrobras superar suas dificuldades financeiras, se a
engenharia for eficaz para extrair o petróleo daquela profundidade, se o preço
do barril voltar ao patamar de US$ 100, se a crise ambiental não forçar a
substituição do combustível fóssil por outras fontes, mesmo assim, em 2034, o
pré-sal só conseguirá fornecer R$ 35 bilhões, cerca de 5,5% dos recursos
necessários para o Brasil virar uma pátria educada. Prometer que a nação
educada será financiada pelo pré-sal é menos seguro do que se a princesa tivesse
dito que os escravos seriam alforriados graças a royalties obtidos pela
exploração de café em novas áreas a serem abertas em regiões ainda não
desbravadas.
Talvez não, pelo tempo já perdido. Não é segredo pra ninguém que
a educação no Brasil vai de angustiante a sofrível. É comum ver adolescentes
que entram no ensino médio escrevendo coisas como “intendi; poriço; voçê”
dentre outras pérolas. Muitos saem de lá com os mesmos vícios. Dizer que
a educação será a prioridade das prioridades não implica apenas em construir
mais colégios, adotar o ensino integral, criar cursos relâmpagos
profissionalizantes ou adotar tablets no lugar de livros. Os professores são
a mola-mestra de todo o sistema educacional mundial. Não existe bom ensino se
não houver professores dedicados e satisfeitos com a profissão escolhida. E
para que isso aconteça, a valorização destes profissionais é o ponto de partida
para uma verdadeira revolução na educação brasileira.
Escrito por Lúcio Big
Talvez não,
porque virou tema de música by Lobão! A
Posse dos Impostores.
Não há sombra de fúria no Planalto Central
na fraqueza mortal do rebanho no redil
É a Odisséia do Insulto, a vitória ideal
Do fracasso, do débil, do inútil servil
Da Terra do Nunca, onde é proibido crescer
À Terra do Menos onde o esmero é encolher
Paraíso minúsculo do impostor
Da fraude sem escândalos, amnésia e calor
Esterilizando mamatas, silêncio e lorota
A mordaça é a grana e patrulha, a chacota
Gritar vou gritar: Até quando vão enganar
O rebanho no redil alegre a sambar?
Quem precisa correr, quem precisa lutar?
Quem precisa mentir, quem precisa sangrar?
Quantos já se calaram, quantos se foram em
vão?
Resistir será fútil quando as ruas se
inundarão
Há uma sombra de fúria na impostora eleita
Rodeada de castrados com a nossa receita
Com sua pompa vulgar de botijão de gás
Estamos fartos de um país frouxo, injusto e
ineficaz.
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