Palestra: Tecnologia Educacional
“São três os analfabetismos por derrotar
hoje: o da lecto-escritura (saber ler e escrever), o sociocultural (saber em
que tipo de sociedade se vive) e o tecnológico (saber interagir com máquinas
complexas). Toda escola incompetente em algum desses aspectos é socialmente
retrógrada”. Hugo Assmann, 1998.
Tópicos para roteiro da palestra
(fundamentando com nossa proposta pedagógica):
Ø Que o professor possua uma capacidade
pessoal de entender as coisas, aprender e descobrir. Adaptar-se e inventar
perspectivas críticas.
Ø Só podemos criticar o que conhecemos.
Ø Sofremos um tempo para aceitar a
inserção tecnológica. Hoje acreditamos que a boa tecnologia nos oportunizará a
aplicarmos excelentes aulas.
Ø Para Neil Postman “a mudança tecnológica não é nem aditiva nem
subtrativa”.
Ø Um conto sobre o rei Tamuz e o deu
Troth.
Um dia o rei Tamuz recebeu o deus
Thoth, inventor, entre muitas outras coisas, da escrita. Segundo o deus Thoth
cada uma das suas invenções, particularmente a escrita, iriam tornar Tamuz um
rei reconhecido e indispensável para o seu povo. No entanto, o rei quis saber
da utilidade de cada uma das invenções, por exemplo, da escrita. Para Thoth a
escrita era a maior façanha de todas. Aquela que iria melhorar tanto a
sabedoria como a memória do povo. Tamuz retorquiu que o inventor de uma arte
não pode ser o melhor a ajuizar sobre o bem ou mal que esta provocará a quantos
a aplicarem. Muitas vezes em vez do bem que se anuncia é o mal que chega. Para
Tamuz a escrita é disso um exemplo: aqueles que a utilizarem deixarão de
exercitar a memória e tornar-se-ão esquecidos, pois confiam que a escrita lhes trará
á lembrança coisas. Esta confiança nos sinais gráficos fá-los perder a
confiança nos seus próprios recursos. A escrita serve assim para rememorar e
não para desenvolver a memória. É ilusória a sabedoria que se espera. Os alunos
terão fama de a possuírem isso não corresponde á verdade, pois receberão uma
quantidade de informação sem a instrução adequada. Considerar-se-ão muito
conhecedores, mas serão bastante ignorantes. Estão cheios do conceito de sabedoria,
mas não de verdadeira sabedoria. Eis como a tecnologia que se anuncia como
beneficente afinal prejudica. Este é também um ponto de partida utilizado por Postman
para uma crítica da influência da tecnologia sobre as culturas onde são
recebidas. Para Tamuz a escrita era algo apenas negativo. Postman considera que
é um erro supor que as inovações tecnológicas têm um efeito unívoco. A
tecnologia pode ser ao mesmo tempo um mal e um bem. A tecnologia tem sempre
esta biunivocidade sobre a cultura. Não se pode anunciar apenas um dos
sentidos. O meio termo é o resultado que se obtém da negociação entre a cultura
e a tecnologia.
Ø A tecnologia não enfada, nem salva,
não diminui, nem aumenta competências.
Ø Tecnologia é conhecimento aplicado, é
saber do “ser” e “sobre” o humano e sucessivamente o aluno.
Ø As tecnologias não podem estar
voltadas ou serem construídas sobre os velhos ideais de ensino.
Ø Seguindo a linha sobre a atuação do
coordenador, podemos acrescentar: Como o
coordenador pedagógico pode orientar o professor a trabalhar com a tecnologia
em sala de aula? A visão pedagógica sobre a tecnologia. Ex: usando os projetos
interdisciplinares.
Ø “A
educação que nós oferecemos às nossas crianças ainda é a mesma que era
oferecida no século passado” Marc Prensky. Ver a entrevista dele em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,professor-deve-ajudar-aluno-a-ser-autodidata-,989677,0.htm
'Professor deve ajudar aluno a ser
autodidata'
Cunhador do termo 'nativos digitais',
escritor afirma que escola investe na tecnologia de maneira obsoleta, 28 de
janeiro de 2013.
Ø Pela fala de Marc Prensky, citada
acima, existe a necessidade em adaptar a tecnologia dentro do “formato” da
proposta pedagógica do seu colégio. O professor é mediador do saber.
Ø O princípio do formato da aula que
Marc Prensky sugere é o da sondagem. Descobrir o que e quanto os alunos sabem.
Ø Problematizar é adaptar um contexto,
um conceito. É usar a tecnologia para pesquisar “assuntos úteis”. Quanto o professor desperta o interesse?
Ø O professor deve ter objetivos claros
com relação ao motivo em usar determinada tecnologia correlacionada ao conteúdo
“norteador e gerador” ministrado naquele momento.
Ø A partir desse momento, depois da
apresentação inicial, inserir alguns exemplos, exercícios e projetos
relacionados aos conteúdos ministrados. Como exemplo, estimular o início do
exemplo com situação problema ou problematizar:
v “Um
menino em excursão numa fábrica de perfumes questiona sobre a quantidade adequada
de essência para a fabricação dos perfumes (para explicar a concentração de
soluções para o Ensino Médio).
v
“Um
garoto do Ensino Médio, que acabou de aprender na aula como calcular a
concentração, vai para o sítio do tio. Observa como o tio retira a água do poço
e percebe como ajudá-lo com relação à quantidade de soro a ser colocada na
água”.
Ø Também poderão ser mencionadas as
ferramentas para uso em sala, lembrando que um planejamento nos moldes
anteriores, levará, com a utilização desses recursos, um tempo maior para
elaboração e não aplicação. São eles:
Ø
Softwares
Educacionais.
Ø
Lousa
digital.
Ø
Fóruns
de discussão e chats.
Ø
Laboratórios
multidisciplinares.
Ø
Sistema
de testes e provas eletrônicas.
Ø
Simulados
eletrônicos.
Ø
Simulações
que exemplificam fenômenos físicos e químicos (como exemplo a Ludoteca da USP).
Ø
Avatar.
Ø
Facebook,
Internet (pesquisa), Blogs, redes sociais em geral.
Ø Para saber mais:
v
“Não
me atrapalhe mãe – Estou aprendendo!” , Marc Prensky, Ed. Phorte.
v
“Aprendizagem
baseada em jogos digitais” , Marc
Prensky, Ed. Sdenac.
v
“Geração
Y, o nascimento de uma nova versão de líderes”, Sidnei Oliveira, Ed Integrare.
v
“Tecnologia
e Inclusão social: repensando a divisória digital”, Mark Warschauer, Ed. Senac.
v
Alfabetização
tecnológica do professor, Marisa Narcizo Sampaio, Ed. Vozes.
v
Bate-papo
na net sem segredos – manual de sobrevivência para filhos, pais e educadores, Aury
Rondon, Ed. Érica.
Blogs sobre mídias educacionais:
As tecnologias da informação e comunicação
favorecem uma nova postura frente ao processo ensino-aprendizagem, que já não
se satisfaz mais com a informação transmitida pelo professor, mas prioriza o
conhecimento construído pelos alunos. Apresenta esse pensamento no artigo
“Ciência e cidadania”, publicado na Scientific American Brasil (ed.59,
abr.2007). Afirma que “O Brasil está caindo num fosso educacional. Se não
mudarmos de atitude, não haverá mais volta”. “Sem investir no potencial humano,
é melhor esquecer a ideia de fazer o Brasil crescer”. Esse projeto investe na
educação infanto-juvenil para a formação científica.
Seguem os
links da palestra sugeridos:
Eduardo e
Mônica
Tecnologia
X pedagogia
Objetos
educacionais
“As tecnologias evoluem em quatro
direções fundamentais:
do analógico para o digital
(digitalização)
do físico para o virtual
(virtualização)
do fixo para o móvel (mobilidade)
do massivo para o individual
(personalização)”.
Carly Fiorina, ex-presidente da
HPackard
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