domingo, 28 de setembro de 2014

Palestra: Tecnologia Educacional

Palestra: Tecnologia Educacional

“São três os analfabetismos por derrotar hoje: o da lecto-escritura (saber ler e escrever), o sociocultural (saber em que tipo de sociedade se vive) e o tecnológico (saber interagir com máquinas complexas). Toda escola incompetente em algum desses aspectos é socialmente retrógrada”. Hugo Assmann, 1998.
Tópicos para roteiro da palestra (fundamentando com nossa proposta pedagógica):

Ø  Que o professor possua uma capacidade pessoal de entender as coisas, aprender e descobrir. Adaptar-se e inventar perspectivas críticas. 

Ø  Só podemos criticar o que conhecemos.

Ø  Sofremos um tempo para aceitar a inserção tecnológica. Hoje acreditamos que a boa tecnologia nos oportunizará a aplicarmos excelentes aulas.

Ø  Para Neil Postman “a mudança tecnológica não é nem aditiva nem subtrativa”.

Ø  Um conto sobre o rei Tamuz e o deu Troth.  

Um dia o rei Tamuz recebeu o deus Thoth, inventor, entre muitas outras coisas, da escrita. Segundo o deus Thoth cada uma das suas invenções, particularmente a escrita, iriam tornar Tamuz um rei reconhecido e indispensável para o seu povo. No entanto, o rei quis saber da utilidade de cada uma das invenções, por exemplo, da escrita. Para Thoth a escrita era a maior façanha de todas. Aquela que iria melhorar tanto a sabedoria como a memória do povo. Tamuz retorquiu que o inventor de uma arte não pode ser o melhor a ajuizar sobre o bem ou mal que esta provocará a quantos a aplicarem. Muitas vezes em vez do bem que se anuncia é o mal que chega. Para Tamuz a escrita é disso um exemplo: aqueles que a utilizarem deixarão de exercitar a memória e tornar-se-ão esquecidos, pois confiam que a escrita lhes trará á lembrança coisas. Esta confiança nos sinais gráficos fá-los perder a confiança nos seus próprios recursos. A escrita serve assim para rememorar e não para desenvolver a memória. É ilusória a sabedoria que se espera. Os alunos terão fama de a possuírem isso não corresponde á verdade, pois receberão uma quantidade de informação sem a instrução adequada. Considerar-se-ão muito conhecedores, mas serão bastante ignorantes. Estão cheios do conceito de sabedoria, mas não de verdadeira sabedoria. Eis como a tecnologia que se anuncia como beneficente afinal prejudica. Este é também um ponto de partida utilizado por Postman para uma crítica da influência da tecnologia sobre as culturas onde são recebidas. Para Tamuz a escrita era algo apenas negativo. Postman considera que é um erro supor que as inovações tecnológicas têm um efeito unívoco. A tecnologia pode ser ao mesmo tempo um mal e um bem. A tecnologia tem sempre esta biunivocidade sobre a cultura. Não se pode anunciar apenas um dos sentidos. O meio termo é o resultado que se obtém da negociação entre a cultura e a tecnologia.

Ø  A tecnologia não enfada, nem salva, não diminui, nem aumenta competências.

Ø  Tecnologia é conhecimento aplicado, é saber do “ser” e “sobre” o humano e sucessivamente o aluno.

Ø  As tecnologias não podem estar voltadas ou serem construídas sobre os velhos ideais de ensino.   

Ø  Seguindo a linha sobre a atuação do coordenador, podemos acrescentar: Como o coordenador pedagógico pode orientar o professor a trabalhar com a tecnologia em sala de aula? A visão pedagógica sobre a tecnologia. Ex: usando os projetos interdisciplinares.   
                                                                                    
Ø  A educação que nós oferecemos às nossas crianças ainda é a mesma que era oferecida no século passadoMarc Prensky. Ver a entrevista dele em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,professor-deve-ajudar-aluno-a-ser-autodidata-,989677,0.htm
'Professor deve ajudar aluno a ser autodidata'
Cunhador do termo 'nativos digitais', escritor afirma que escola investe na tecnologia de maneira obsoleta, 28 de janeiro de 2013.

Ø  Pela fala de Marc Prensky, citada acima, existe a necessidade em adaptar a tecnologia dentro do “formato” da proposta pedagógica do seu colégio. O professor é mediador do saber.  

Ø  O princípio do formato da aula que Marc Prensky sugere é o da sondagem. Descobrir o que e quanto os alunos sabem.

Ø  Problematizar é adaptar um contexto, um conceito. É usar a tecnologia para pesquisar “assuntos úteis”. Quanto o professor desperta o interesse?

Ø  O professor deve ter objetivos claros com relação ao motivo em usar determinada tecnologia correlacionada ao conteúdo “norteador e gerador” ministrado naquele momento.    

Ø  A partir desse momento, depois da apresentação inicial, inserir alguns exemplos, exercícios e projetos relacionados aos conteúdos ministrados. Como exemplo, estimular o início do exemplo com situação problema ou problematizar:

v “Um menino em excursão numa fábrica de perfumes questiona sobre a quantidade adequada de essência para a fabricação dos perfumes (para explicar a concentração de soluções para o Ensino Médio).

v  “Um garoto do Ensino Médio, que acabou de aprender na aula como calcular a concentração, vai para o sítio do tio. Observa como o tio retira a água do poço e percebe como ajudá-lo com relação à quantidade de soro a ser colocada na água”.

Ø  Também poderão ser mencionadas as ferramentas para uso em sala, lembrando que um planejamento nos moldes anteriores, levará, com a utilização desses recursos, um tempo maior para elaboração e não aplicação. São eles:

Ø  Softwares Educacionais.
Ø  Lousa digital.
Ø  Fóruns de discussão e chats.
Ø  Laboratórios multidisciplinares.
Ø  Sistema de testes e provas eletrônicas.
Ø  Simulados eletrônicos.
Ø  Simulações que exemplificam fenômenos físicos e químicos (como exemplo a Ludoteca da USP).
Ø  Avatar.
Ø  Facebook, Internet (pesquisa), Blogs, redes sociais em geral.  

Ø  Para saber mais:
v  “Não me atrapalhe mãe – Estou aprendendo!” , Marc Prensky, Ed. Phorte.
v  “Aprendizagem baseada em jogos digitais” , Marc Prensky, Ed. Sdenac.
v  “Geração Y, o nascimento de uma nova versão de líderes”, Sidnei Oliveira, Ed Integrare.
v  “Tecnologia e Inclusão social: repensando a divisória digital”, Mark Warschauer, Ed. Senac.
v  Alfabetização tecnológica do professor, Marisa Narcizo Sampaio, Ed. Vozes.
v  Bate-papo na net sem segredos – manual de sobrevivência para filhos, pais e educadores, Aury Rondon, Ed. Érica.                   

Blogs sobre mídias educacionais:
As tecnologias da informação e comunicação favorecem uma nova postura frente ao processo ensino-aprendizagem, que já não se satisfaz mais com a informação transmitida pelo professor, mas prioriza o conhecimento construído pelos alunos. Apresenta esse pensamento no artigo “Ciência e cidadania”, publicado na Scientific American Brasil (ed.59, abr.2007). Afirma que “O Brasil está caindo num fosso educacional. Se não mudarmos de atitude, não haverá mais volta”. “Sem investir no potencial humano, é melhor esquecer a ideia de fazer o Brasil crescer”. Esse projeto investe na educação infanto-juvenil para a formação científica.

Seguem os links da palestra sugeridos:
Eduardo e Mônica

Tecnologia X pedagogia

Objetos educacionais

“As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais:
do analógico para o digital (digitalização)
do físico para o virtual (virtualização)
do fixo para o móvel (mobilidade)
do massivo para o individual (personalização)”.

Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

GESTÃO DO TEMPO – QUANTO CABE NA MINHA AGENDA?


GESTÃO DO TEMPO – QUANTO CABE NA MINHA AGENDA?

Um consultor, especialista em gestão do tempo, quis surpreender a equipe numa conferência. Tirou debaixo da mesa um frasco grande de boca larga. Colocou-o em cima da mesa, junto a uma bandeja com pedras do tamanho de um punho, e perguntou:

-Quantas pedras pensam que cabem neste frasco?

Depois dos presentes fazerem suas conjecturas, começou a colocar pedras. Até que encheu o frasco. E aí perguntou:

-Está cheio?

Todos olharam para o frasco e assentiram que sim. Então ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha (pedrinhas pequenas, menores que a "brita"). Colocou parte da gravilha dentro do frasco e agitou-o. As pedrinhas penetraram pelos espaços deixados pelas pedras grandes. O consultor sorriu com ironia e repetiu:

-Está cheio?

Desta vez os ouvintes duvidaram:
-Talvez não. - responderam.
- Muito bem! - disse ele, e pousou na mesa um saco com areia que começou a despejar no frasco. A areia infiltrava-se nos pequenos buracos, deixados pelas pedras e pela gravilha.

-Está cheio? - perguntou de novo.
-Não! - exclamaram os presentes. Então o consultor pegou uma jarra com água e começou a derramar para dentro do frasco. O frasco absorvia a água sem transbordar.

-Bom o que acabamos de demonstrar? - perguntou.

Um ouvinte, mais afoito, arriscou:
-Que não importa o quanto esteja cheia nossa agenda. Se quisermos, sempre conseguiremos marcar mais compromissos.


-Não! - concluiu o especialista: "o que esta lição nos ensina é que se não colocarem as pedras grandes primeiro, nunca poderão colocá-las depois. E quais são as grandes pedras nas nossas vidas? Deus, a pessoa amada, nossos filhos, os amigos, os nossos sonhos e desejos, a nossa saúde. Lembrem-se: ponham-nos sempre primeiro. O resto encontrará o seu lugar!"

segunda-feira, 8 de setembro de 2014



Exemplos de Linguagem Corporal - Andréa Camargo

Lembre-se que esses são apenas indícios sobre sua linguagem corporal, a qual deve ser sempre interpretada dentro de um contexto comunicativo.
Comportamento não verbal
Possíveis Interpretações
ü  Movimentação rápida com andar ereto.

ü  Confiança.

ü  Parar com as mãos na cintura.
ü  Incompreensão, agressividade

ü  Sentar com as pernas cruzadas ou promover pequenos chutes no ar.

ü  Cansaço, aborrecimento
ü  Sentar com as pernas abertas.

ü  Abertura, relaxamento
ü  Braços cruzados no peito.
ü  Defensiva.

ü  Andar com as mãos nos bolsos, olhando
para baixo.
ü  Falta de entusiasmo, desmotivado.


ü  Mãos nas maças do rosto.
ü  Avaliação, pensamento.
ü  Coçar o nariz, tocar o nariz ao falar.

ü  Dúvida, mentira.

ü  Esfregar os olhos.

ü  Descrença, dúvida, mentira.

ü  Mãos fechadas atrás das costas.

ü  Frustração, ódio.

ü  Tornozelos fechados.

ü  Apreensão

ü  Apoiar a cabeça nas mãos, olhar para baixo
longamente.

ü  Aborrecimento.

ü  Esfregar as mãos.
ü  Antecipação, ansiedade


ü  Sentar com as mãos para trás da cabeça e
de pernas cruzadas.
ü  Confiança, Superioridade.

ü  Mãos abertas, palmas para cima.

ü  Sinceridade, inocência, abertura.

ü  Coçar a ponta do nariz com olhos fechados.


ü  Avaliação negativa
ü  Batucar com os dedos, olhar o relógio.

ü  Impaciência.
ü  Estalar os dedos.

ü  Autoridade.
ü  Passar a mão no cabelo.

ü  Insegurança.
ü  Inclinar/ Virar a cabeça numa direção.
ü  Interesse.

ü  Coçar o queixo.

ü  Pensando.
ü  Desviar o olhar do foco.
ü  Desconfiança.

ü  Roer unhas ou colocar a mão na boca.

ü  Ansiedade, insegurança.
ü  Puxar ou coçar a orelha e/ou brincos.
ü  Indecisão.


Os sinais da mentira


O mentiroso, por melhor que seja, tende a apresentar determinadas atitudes que acabam por denunciá-lo. Entre elas, estão:

  • Desviar os olhos quando perguntado sobre assuntos delicados.
  • Piscar os olhos com maior frequência.
  • Piscar rapidamente quando a conversa declina para um tópico comprometedor.
  • Inclinar-se para trás.
  • Responder NÃO e balançar a cabeça afirmativamente, mesmo que de leve.
  • Respirar em pequenas e rápidas golfadas e entremeá-las com suspiros longos e profundos.
  • Evitar apontar o dedo ou enfatizar as palavras com movimentos amplos dos braços.
  • Ao narrar uma história, fazer pontes de textos, que consistem em acelerações artificiais da sequência dos fatos.
  • Pedir que o interlocutor repita a pergunta, com intuito de ganhar mais tempo na elaboração de uma resposta.
  • Não falar mal de si, mesmo em assuntos que não tem nada a ver com a mentira.

Sugestões bibliográficas:







  

segunda-feira, 1 de setembro de 2014



COMUNICAÇÃO INTERNA / EXTERNA – BASES DA COMUNICAÇÃO
 Andréa Camargo - 13/05/2009

                   As recompensas da boa comunicação são grandes, mas difíceis são os meios para obtê-la, por isto sempre esteja atento às bases para a boa comunicação. Dessa forma, a probabilidade em obter a transmissão da mensagem entre duas ou mais pessoas de forma clara e efetiva será maior. Vale para empresas, escolas, para o movimento da sala de aula... Não importa os meios por onde a comunicação transita! Atualmente, são muitos os caminhos, mas a base continua fundamentada em alguns aspectos básicos: 

  • Saber Ouvir e entender - Demonstre estar apto a ouvir informações mesmo que desagradáveis e críticas, procurando vê-las de forma construtiva. Escute, ouça atentamente, demonstrando interesse pelo que está sendo apresentado, não interrompa desnecessariamente.

  • Examine o ponto criticado - Seja humilde e examine o ponto criticado para dar crédito às boas ideias e ao trabalho sincero. Ao receber criticas, procure extrair os aspectos positivos e construtivos. Posteriormente analise e estabeleça procedimentos de ajuste e/ou correções.

  • Evite termos técnicos - Não use gírias e evite termos técnicos que podem atrapalhar na comunicação, se for imprescindível o seu uso, explique qual o significado dos termos usados. Você pode estar falando com alguém que quer entender o que você está falando e não consegue, provavelmente na próxima vez, ele não lhe procurará. Use uma linguagem que descreva a realidade.

  • Esclareça suas ideias - Esclareça suas ideias antes de transmiti-las, faça com que elas sejam precisas. Analise se as suas ideias estão coerentes com o que se deseja transmitir.

  • Expresse o seu interesse - Entre frequentemente em contato com os clientes (pais/alunos) e escute-os. Expresse seu interesse pelos seus problemas e questionamentos. Peça detalhes, sem se mostrar íntimo demais. Não dê opiniões pessoais.

  • Ações X Informações - Demonstre que ações são tomadas baseadas em informação, caso contrário o pessoal pensará que não valeu a pena o tempo e o esforço despendidos para manter o fluxo de comunicação. Execute suas ações com base nas informações adquiridas, validadas e verdadeiras.

  • Suas ações devem sustentar o que você diz - Suas ações refletem o que você pensa e diz para os outros.

  • Procure ser objetivo - Seja objetivo, não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o que as pessoas não gostariam de ouvir.

  • Qual mensagem deseja transmitir? - Trace qual é o objetivo da mensagem, o que você deseja que os receptores da mensagem absorvam, qual é o verdadeiro propósito da comunicação.

  • Quem ouvirá minha mensagem - Antes de transmitir alguma informação procure conhecer qual vai ser o público. A quem você quer afetar e qual é o momento adequado. Se necessário, prepare-se. Às vezes será necessário preparar-se muito!

  • Consulte outras pessoas - Consulte outras pessoas para planejar as comunicações, peça opiniões, lembre que aqueles que o ajudam a planejar, com certeza o apoiarão. Somos uma equipe! Ninguém é melhor do que ninguém.

  • Como transmitir - Esteja atento a sua tonalidade de voz, da receptividade de quem ouve, bem como da linguagem que você utilizará.

  • Verifique se foi compreendido - Sempre verifique se você foi entendido, faça perguntas, pergunte o que foi entendido e não se a pessoa entendeu (não subestime a capacidade das pessoas). Após transmitir a informação, faça perguntas como: O que você achou?  Isso foi interessante ou importante para você? O que mais poderia esclarecer? Ficou alguma dúvida? Algo do que eu disse não ficou claro? Quer que eu registre algum dos pontos? 

  • Compartilhe - Compartilhe tanta informação quanto for possível, isto trará ganhos para todos os envolvidos. A equipe deverá sustentar a mesma linguagem.

  • Feedback - O retorno de informações é importante para manter seus parceiros atualizados nos processos e atividades de interesse comum, sempre retorne a informação, mostre os resultados e ações consequentes da informação recebida anteriormente. E caso surjam conflitos sobre alguma das repostas, discutam e cheguem no senso comum.