quinta-feira, 27 de novembro de 2014



SUGESTÕES DE DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO COM PROFESSORES A PARTIR DE LEITURAS.

EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL I

Vamos lá! Separei algumas sugestões, não são tão simples, são livros um pouco densos, porém acredito serem boas leituras para “reafirmar” o papel do professor enquanto “instrumento”, mediador, interlocutor e gerador da educação aprendida e aplicada. Que tal promover oficinas nas REUNIÕES PEDAGÓGICAS?  

v  A Pedagogia na escola das Diferenças de Philippe Perrenoud.  Um dos capítulos que mais gosto é o seis “Ciclos pedagógicos e projetos escolares: é fácil dizer!” Mesmo sendo uma leitura densa e metódica, o autor trás 3 aspectos fundamentais para que o professor pense em seu processo de busca e formação:
Ø  Enriquecer sua caixa de ferramentas!
Ø  Aprender a trabalhar em conjunto!
Ø  Trabalhar consigo mesmo!
Sabe aquele grupo de professores que têm dificuldades relacionais entre si? Ou com personalidades profissionais opostas? Ou insatisfeitos em partilhar suas ações no grupo? Seria uma ótima pedida para aperfeiçoar e trocar experiências a partir dessa leitura e de algumas tarefas que eu daria!  

v  Encontros e Desencontros em Educação Infantil de Maria Lúcia de A. Machado. Em particular a parte II é enriquecedora. Trás vários textos que abordam a formação, atuação e perspectivas dos profissionais da educação. São textos de diversos autores como da Tizuko Morchida (USP), da Sônia Kramer (PUC), da Júlia Formosinho (Braga)... Esse livro valeria à pena fazer o seguinte: dar para  cada professora um dos textos. Elas deverão desenvolver um projeto em cima da ideia central que cada autor trás! Depois explanariam para as outras. Seria ótimo como formação contextualizada (dentro de suas práticas).

v  Oficina criativa e psicopedagogia da Casa do Psicólogo. Um livro fino, de Cristina Dias Alessandrini, uma arte terapeuta. Ela combina muito bem a forma criativa das artes com a psicopedagogia. Essa leitura é mais direcionada para realizar oficinas! Dentro de um olhar mais aguçado. Se a equipe docente tiver pronta para ir além do material didático adotado pelo colégio, esse livro  será muito rico! A autora trás até um trabalho com argila. O que a coordenação poderia fazer, seria dar um mesmo conteúdo do livro para as professoras, como o capítulo 4, “Pedro e Belle” e a partir de um conteúdo x do material didático adotado, deverão criar uma oficina com esses materiais sugeridos! Conciliando teoria e prática. Ex: usar a própria argila, tintas, aromas, sabores... ir além do material didático!

v  Educação Infantil e séries iniciais, uma articulação para a alfabetização. Da Maria Teresa González Cuberes (organizadora). Exemplo, no capítulo 5 “Ao encontro da Matemática” a autora Maria Elena Duhalde, fala muito sobre a construção do pensamento concreto! Relata como a criança constrói a Matemática, a cardinalidade, a ordinalidade, o uso dos números, a memória quantitativa... a autora explana, explica como se dá a construção do pensamento. O capítulo 6 fala do ambiente enriquecedor de aprendizagem. Ótimo para ministrar uma Oficina de Matemática, principalmente para as professoras que têm dificuldades com essa área.

v  A paixão de conhecer o mundo de Madalena Freire. Um livro antigooooo, mas não abro mão! O meu está até embolorado! Mais voltado para Educação Infantil. Serve para dar um “start” nas professoras e se animarem em fazer o bom e velho diário de bordo ou portfolio! Pois Madalena relata tudoooo que acontece na sala dela. Tanto que vira um livro! Ela trabalhou várias ideias e projetos, mas acima de tudo, trouxe a originalidade do pensar da criança, a autonomia, o interesse, a construção que elas fazem das histórias contadas por eles... é lindo! Sempre releio e dele nascem novas práticas para a sala de aula!

v  Brincar: crescer e aprender. O resgate do jogo infantil. De Adriana Friedmann.  É um livro muito específico sobre jogos e brincadeiras. Desde os tradicionais, até os “criados”. Mas ela explana o olhar que o adulto deve ter sobre os jogos infantis, a perspectiva de avaliação, regras, como a criança constrói a ideia do jogo, o jogo no contexto educativo. O desenvolvimento cognitivo do jogo, a importância das interações sociais nos jogos e brincadeiras... Mas tudo isso não só do pré-escolar, aborda também das outras faixas etárias. Ao final de cada capítulo, ela trás um texto reflexivo!  Sugestão: se a coordenadora der para cada professora um jogo, descrito no capítulo, elas terão que conciliar o que leram, com um conteúdo do material didático adotado pelo colégio e em cima do jogo, inserir o conteúdo a ser dado! A autora até lista os jogos, classificando-os! É ótimo. Capítulo 8.  Inclusive esse livro nos trás a possibilidade de pensar uma Feira Cultural Interativa!!!! Para final de 2015. Pois teremos Rio 2016. As escolas poderiam trazer jogos para um dia com a família!  Cada sala seria temática sobre um jogo para os pais brincarem, jogarem! Ou ainda em cada espaço da escola ter um movimento temático! Ex: jogos do século XIX. Imagens, gravuras, a pesquisa feita com as crianças e a professora, em outra sala os jogos e brincadeiras de determinadas regiões do Brasil!  Em outra sala brincadeiras engraçadas! Numa outra sala, jogos do futuro! Mas para tudo isso acontecer, tem que haver o processo de pesquisa antes, um portfolio das professoras, envolver as famílias na montagem para que tenham até um “pequeno museu dos jogos”.... Nossa.... iríamos além! Que marketing educacional hein? 

Inclusive deixo para todos a “abertura desse livro” .... “Eu queria mostrar a roda da vida, poder entrar no coração das crianças. Viver de alguma forma! Retomar àquele estado de espírito, àquele tempo no qual tudo era brincar, no qual não existia frio ou calor, no qual éramos amados, simplesmente amados. Quando eu era criança, falava como criança, brincava como tal. Mas quando, um dia me tornei homem, deixei de lado toda criancice, observei, ouvi e aprendi”. (autor desconhecido).  

Procurem também o texto “Lembranças de Velhos” de Ecléa Bosi. Lindo!!

v  E por último, sugeriria o bom e velho Pilares do Interacionismo de Evaldo Inácio Delgado. Ele trás Piaget, Vygotsky, Wallon e Emília Ferreiro. Um autor pouco conhecido, de Rondônia, o qual resgata todos esses Papas da Educação de forma prazerosa! Mesmo que as professoras que fizeram e fazem Pedagogia, conheçam intimamente esses papas na ponta da língua, sempre é tempo de resgatar suas práticas. A diferença é que, muito deles, ficam perdidos ao longo dos anos dentro de vãs teorias. Sugestão: uma dupla de professoras ficaria com um desses papas. Fariam uma apresentação resgatando a vida dele e a construção da “metodologia” que o mesmo “construiu”. Como tarefa, deverão aplicar esse “teorema” em um conteúdo x do material. Inclusive, com “defesa de tese”. Teriam que defender com unhas e dentes o real motivo do “educador escolhido” ser tão direto, preciso, perfeito na teoria construída e até trazer a trajetória intelectual desse Papa. Como a criança aprende aos olhos dele? Teriam que resgatar falas desse autor!
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014


VOCÊ CONHECE: CLARICE PACHECO? 

                   Clarice Pacheco (1989-2002) foi uma jovem escritora brasileira. Nasceu em Porto Alegre - RS, onde sempre morou. Desde muito pequena adorava ler, os livros foram sua grande paixão. Aos quatro anos começou a ler, escrever e criar histórias. As primeiras tinham apenas desenhos. Aos poucos foi acrescentando diálogos curtos e textos reduzidos até escrever narrativas completas.
                    Gostava muito de desenhar e por isso expressava suas ideias através de desenhos. Escreveu poesias, histórias infantis ilustradas por ela mesma, contos e até uma novela juvenil. Do convívio diário com seus amigos e colegas de escola encontrou inspiração para criar os enredos e caracterizar os personagens. Descreveu com nitidez como é o dia a dia dos bichinhos de estimação em duas histórias que têm Floquinho e Pluminha como protagonistas.
                  Estudou até a oitava série no Colégio Leonardo da Vinci-Alfa. Apesar da pouca idade, acumulou uma produção literária considerável. Aos treze anos e meio não resistiu a uma cardiopatia grave.
                 Após sua ausência a família organizou seus escritos em cinco obras póstumas:
  • Cadernos de PoesiasO Tempo de Cada Um (novela juvenil); e Um Dia na Vida (contos), destinadas ao leitor jovem, foram publicadas em 2003;
  • Um Amor de Cãozinho I - Floquinho e Um Amor de Cãozinho II - Floquinho e Pluminha, destinadas ao leitor infantil, foram publicadas em 2004.

                   Além de histórias e poesias, Clarice deixou muitos desenhos que retratam a dimensão de sua sensibilidade e talento. Com muito esmero, passava horas montando livros em miniatura, sobre assuntos diversos, com capa, índice e tudo o mais. Conheça mais dessa jovem e da sua obra acessando o site: www.claricepacheco.com

Veja algumas de suas poesias:

Viajar pela leitura

“Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça 
na imaginação!”


  
Os professores da minha escola

“A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.

A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.

A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.

A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.

A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.

A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.

A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
em pintores surrealistas.

O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.

Os professores da minha escola,
com suas matérias que às vezes não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo”.

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terça-feira, 18 de novembro de 2014



Documentário: “Morrendo por não saber” em homenagem ao Novembro Azul.

“Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento.”
(Carlos Bernardo González Pecotche – Pensador, logósofo, escritor e humanista argentino, 1901-1963).

Depois de filmar o documentário “O Milagre de Gerson”, o Diretor Steve Kroschel, se deparou com evidências que apontavam que realmente a cura do câncer já havia sido descoberta e que interesses da indústria farmacêutica estavam por trás de esconder os resultados da Terapia de Gerson (Max Gerson, médico alemão, 1881-1959), que se utiliza basicamente da nutrição altamente rica e da desintoxicação.

Ele vai então conversar com médicos, pacientes e nutricionistas viajando pelos EUA, Espanha, Holanda e México. No Japão conversa com um médico que aplicou em si o tratamento e curou-se, depois de ter sido diagnosticado de câncer terminal 50 anos atrás. Esse médico hoje faz a Terapia de Gerson no Japão para inúmeros pacientes. “Por que essa terapia ainda está renegada depois de 75 anos de claramente provar curar doenças degenerativas?” – É o que o diretor tenta responder.

Assista: http://vimeo.com/23702200

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