segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Formas de se abraçar causas!



Existem muitas formas de se abraçar. Não precisamos de dia certo! Pratique abraçoterapia e adoção! Fará muito bem para você!

Free Hugs: o início...

Quem teve a ideia pela primeira vez foi “Juan Mann” (pseudônimo), um australiano que em 2004 tinha acabado de voltar a sua cidade de origem com um monte de problemas pessoais. Para tentar se sentir melhor, ele decidiu sair pelas ruas de Sidney com um cartaz com a frase “Free Hugs”, atrás de quem lhe desse um abraço. E 15 minutos depois que saiu de casa, uma senhora parou para abraçá-lo. No mesmo ano, Juan conheceu o vocalista da banda Sick Puppies, Shimon Moore, que o acompanhou durante dois meses só filmando a campanha. Com este material na mão, parecia que Shimon esperava o momento certo para fazer algo. Quando em 2006 a avó de Juan Mann morreu, o vocalista montou um clipe com as imagens da campanha que tinha colhido tendo como trilha sonora a música All The Same (Todos por uma) e enviou a Juan junto com um bilhete que dizia: “Isso é quem você é." Pouco depois, esse vídeo foi colocado no YouTube e se tornou o mais popular do site e, de quebra, o clipe oficial da música da banda. O dia do abraço é comemorado no dia 22 de maio  e serve para estimular as pessoas a praticarem este gesto que demonstra sentimentos de afeto com algum familiar ou amigo. Juan começou a Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Grátis) na Pitt Street Mall, uma rua de Sydney, e tinha como objetivo oferecer abraços para pessoas que estivessem passando, e assim incentivando para que eles agissem da mesma forma. Mann acredita que abraços deixam as pessoas muito mais felizes. Uma curiosidade é que Juan foi impedido de continuar com a ação, já que guardas da cidade australiana exigiram que ele parasse. O motivo foi que caso ele fosse ferido durante um dos abraços oferecidos a um dos desconhecidos, a prefeitura poderia ser processada por não ter protegido um dos seus cidadãos. Sendo assim, Juan e seus amigos fizeram uma petição para que pudessem ter permissão e dar continuidade. Eles conseguiram 10 000 assinaturas e receberam cartão verde para continuar a distribuição dos abraços.



Site oficial: http://freehugscampaign.org/

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Sugestões de cursos para o contraturno em sua escola.


Essas dicas também valem para você ampliar a Educação Adicional em sua escola com aulas extras de conhecimentos gerais para alunos. Cada tópico pode ser um encontro com adolescentes no contraturno!  

Praticar esportes
Deve ser mencionado evidentemente em casos de cargos totalmente relacionados à prática de esporte, como por exemplo, Instrutor de Academia. Em outras hipóteses, esta informação deve ser reservada somente para a entrevista, em um momento e contexto adequado. Por exemplo, nos momentos finais da autoapresentação, quando o candidato é solicitado pelo selecionador para falar de si mesmo.
Participar de grupos artísticos (teatro, dança, música, entre outros)
Exceto em casos de cargos totalmente relacionados à área, tais como atores, dançarinos, músicos,  apresentador de televisão, radialista ou outras atividades relacionadas à arte, esta informação deve ser reservada apenas para a entrevista e mencionada como um hobby que auxilia no desenvolvimento pessoal. Mas isso apenas em um  momento oportuno e quando solicitado.
Ser síndico do prédio
De uma maneira geral não deve ser incluído. Agora, se o candidato possui poucas experiências e houve uma atuação importante que foi realizada neste papel e que demonstre efetivamente atitude empreendedora e capacidade profissional do candidato, pode ser mencionado por pessoas de certos perfis profissionais, que buscam posição de supervisão ou gerência operacional, mas que ainda não têm experiência formal neste nível.
Participar de atividades religiosas
Da mesma forma como a resposta anterior, poderia ser mencionada apenas em casos onde o candidato tem pouca experiência, e também caso tenha tido alguma atuação bastante relevante dentro do contexto. Caso contrário, a atividade não deve ser mencionada. Também, neste quesito específico, isso só seria indicado se o candidato souber que o contratante também é da mesma religião. No caso de o candidato desconhecer a religião do contratante, é fortemente recomendado não utilizar estas informações, pois ele pode sofrer discriminação por parte de alguns no mercado. No entanto, caso seja uma atividade voluntária voltada à comunidade e promovida pela instituição religiosa, que independa da religião em si, pode ser mencionada como complemento, no final do currículo.
Participar de grupos de escoteiros
Depende. Se o candidato é escoteiro há muitos anos, desenvolveu-se bastante dentro do grupo e ocupa um cargo de líder, talvez possa ser relevante caso esteja em busca de um cargo de supervisor. Se ele é um jovem escoteiro, também pode ajudá-lo na busca do seu primeiro emprego, quando ainda não tem experiências formais no mercado, nem experiência acadêmica. Deve ser mencionado exaltando pontos relevantes da atividade e como ela auxilia no desenvolvimento pessoal e em habilidades relevantes para atuação na função específica desejada.
Participar de associações de bairro
É praticamente o mesmo caso que o daqueles que atuaram como síndicos, uma vez que o papel na associação seja de liderança ou envolva aprendizagem de habilidades realmente relevantes para o mercado – por exemplo, compras, contas a pagar, gerenciamento de equipes e de algum projeto. 
Praticar atividades voluntárias em asilos, creches, etc.
Sim. Pode ser mencionado, mas como um dos últimos ou mesmo o último item do currículo, com pouco destaque, para não parecer autopromoção. Tal informação é válida, principalmente quando a cultura do empregador envolve integração de equipe por meio de trabalho voluntário voltado à comunidade.
Estar envolvido em algum partido político
Não. Aqui vale praticamente a mesma regra que aquela dita anteriormente para a atividade religiosa. No entanto, aqui, o risco de sofrer discriminação é muito maior e, portanto, não mencione.
Ser sindicalista
Não. Aqui também vale a mesma regra anterior.
Ter feito cursos que não são ligados à área de atuação/interesse
A princípio não, a não ser em raríssimas exceções que só podem ser analisadas caso a caso, como, por exemplo, um curso excepcionalmente bom e relevante, mas não relacionado diretamente à área de interesse atual. Mesmo assim, o melhor é que cursos como estes sejam mencionados apenas na entrevista, dentro de um contexto adequado, caso seja solicitado.
Fazer um bico
Não. No entanto, cabe distinguir totalmente o “bico” de atividades como freelancer ou autônomo, que, se desempenhadas com regularidade, constância e consistência na área em que o profissional pretende atuar, sem dúvida devem ser mencionadas.
Cozinhar bem
Se o profissional está se candidatando a uma vaga nesta área, sim, mas de maneira estritamente profissional. Caso contrário, jamais.
Ter experiência internacional/intercâmbio
Sim, em especial para jovens profissionais os intercâmbios culturais devem ser mencionados. Já para quem tem mais experiência, se o profissional tiver vivência profissional no exterior em sua bagagem, mencionar isso é ganhar pontos com os selecionadores, especialmente em cargos em que o idioma estrangeiro seja necessário ou a vivência no exterior traga um aprendizado técnico ou uma formação específica.
Fazer iniciação científica
Sim, e principalmente para quem busca carreira acadêmica ou para jovens profissionais. Quem já tem experiência de mercado deve preferir focalizá-la.
Prêmios acadêmicos
Sim para jovens profissionais em busca de suas primeiras oportunidades na área em que querem atuar e em que se formaram. Para quem já tem mais experiência, pode não fazer sentido, a não ser que os prêmios permaneçam realmente relevantes para a carreira buscada, principalmente se for uma carreira acadêmica.
Participar/ter participado de grêmios estudantis ou centros acadêmicos
Pode ser mencionada apenas quando o jovem, ainda sem experiência profissional, está buscando formular conteúdo de sua vivência para incluir no currículo, com informações sobre, por exemplo, as principais realizações em sua vida acadêmica que possam ser relevantes para a futura vida profissional.
Apresentar palestras e seminários
Apesar de ser um bom conteúdo, o difícil é arrumar espaço no currículo especialmente reservado para esta informação. Pode ser mencionado de passagem na descrição do resumo de experiências do profissional.
Ter Blog/Fotolog
Depende. Se o cargo estiver ligado, por exemplo, à área de redação, pode ser bastante relevante. Ou ainda se o blog for voltado para assuntos específicos da área de atuação, em que o candidato demonstra sua expertise na área. Também pode ser mencionado para perfis de candidatos da área de criação publicitária, desde que o blog esteja voltado à sua produção profissional. No entanto, é muito arriscado apresentar um blog com erros de português, mal escrito ou que seja utilizado como um diário. Pode depor contra.
Ter feito uma empresa júnior na faculdade
Mesma coisa que prêmios acadêmicos e participação em grêmios. Somente para o perfil de jovens, nas circunstâncias já descritas. Para perfis com mais experiência, a própria experiência de mercado é que deve falar mais alto.
Ter experiência como dona-de-casa
Exceto se o cargo for operacional e relacionado a atividades de limpeza e manutenção de escritórios, é melhor omitir, pois poderá gerar preconceito por parte de alguns selecionadores, por mais que a dona de casa seja uma excelente administradora das questões domiciliares. Há que se levar em consideração que os currículos, de uma maneira ou de outra, são comparados lado a lado. Currículos com essa informação podem perder terreno para aqueles que apresentem exclusivamente informações sobre experiências profissionais formais.
Liderar alguma das atividades acima
Depende de qual atividade. Algumas podem ser mencionadas no CV, como a liderança em alguma atividade voluntária, por exemplo. Outras podem ser mencionadas em contexto adequado, se solicitadas em entrevista por meio de perguntas como “em que situações de vida você já atuou como líder?”.

Fonte: http://blog.curriculum.com.br/atividades-extracurriculares-no-curriculo/

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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Parentalidade com apego por Laura Sanches


Parentalidade com apego por Laura Sanches.

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O avanço da tecnologia e o impacto nas profissões do futuro

         
         Segundo uma declaração dada há algumas semanas pelo renomado físico inglês Stephen Hawking, o avanço da inteligência artificial pode extinguir a raça humana. A profecia parece catastrofista, mas a afirmação deste que é um dos cientistas mais conceituados da atualidade foi baseada apenas em fatos de nossa própria realidade.
          Para Hawking – que, aliás, depende da tecnologia para poder conviver com a doença que rara da qual é portador (esclerose amiotrófica), o desenvolvimento de robôs pensantes é uma real ameaça à espécie humana já que, segundo ele, as máquinas poderão nos substituir completamente no futuro. Alguns cientistas já veem robôs fazendo boa parte do trabalho humano em menos de 30 anos!
          Noticiada em diferentes mídias no mundo todo, a afirmação bombástica de Hawking não deveria ser motivo de histeria. Pessoalmente, acho que apenas as atividades mais braçais vão realmente desaparecer e que nós, humanos, ainda vamos ter muita serventia neste mundo, por muitos e muitos anos. Entretanto, a declaração não deixa de ser um alerta para repensarmos a sociedade do futuro. Afinal, sabemos que muitas mudanças serão promovidas em nosso cotidiano a partir de novas descobertas, mas a questão é: quais tecnologias devem realizar as rupturas mais profundas na sociedade, tal qual a conhecemos? E quanto ao impacto no mundo do trabalho: que profissões devem realmente desaparecer com tanta inovação?
          Claro que as novas tecnologias introduzidas até aqui não apenas extinguiram profissões como também criaram novas. Resta saber se a balança vai se equilibrar entre as ocupações que sumiram do mapa (como telefonista, datilografa) – ou se substituem – (o cocheiro que conduzia charretes trocado pelo motorista) com as novas, como o desenvolvedor de aplicativos ou o gerente de sustentabilidade…
           E a atividade agrícola, essencial para nossa sobrevivência, conseguirá escapar ilesa? Um exemplo de mudança já em prática é a “agricultura urbana”, que propõe que o cultivo de hortaliças, frutas e verduras fique mais próximo dos consumidores – em cada bairro ou comunidade. Isso ajudaria a evitar o deslocamento dos alimentos para, além de economizar tempo e dinheiro, promover a integração da comunidade na produção de sua própria comida. O escritor Peter Diamandis, autor do best seller “Abundância”, vai mais além nessa questão e prevê que, no futuro, as plantações nas cidades serão verticais, viabilizando o plantio e a colheita o ano inteiro, sem uso de pesticidas e sem contaminação do solo. Essa nova prática agrícola permitiria não só obter alimentos mais saudáveis, como também daria emprego à comunidade próxima e diminuiria o trânsito. Além disso, por ser uma atividade com novas técnicas, deveria gerar novas profissões também.
              O futurista Thomas Frey, em seu livro “Communicating with the future” nos dá exemplos concretos de algumas invenções que determinarão a morte e o nascimento de profissões. Por exemplo, em função da possibilidade de carros se auto-dirigirem (há textos sobre o tema IG ou no Exame), algumas funções como motoristas de táxi, de ônibus e de vallet parking, além dos policiais de trânsito, cairiam em desuso. Falar de carros tão inteligentes pode parecer muito futurístico, mas as montadoras já têm equipes de pesquisa trabalhando no assunto. Prova disso é que alguns veículos já estacionam sozinhos!  Da mesma forma, os aviões podem ser pilotados à distância, fazendo com que a função dos pilotos mude completamente.
             Outra grande invenção que pode abalar as estruturas sociais são os drones. Eles já são utilizados na Amazon e vão mudar dramaticamente algumas tarefas do nosso dia-a-dia. Já sabemos que existirão drones de todos os tamanhos e formas, voando baixo ou alto, para o bem e para o mal. E quando eles realmente forem aperfeiçoados, os entregadores serão, certamente, uma profissão extinta. Talvez até mesmo os correios, que viram sua atividade se reduzir à entrega de pacotes, acabem de vez depois dessa…
Mas a revolução não para por aí. Os drones também poderão nos substituir em funções relacionadas ao controle da agricultura, em especial o plantio, que poderia ser controlado à distância. Talvez por conta dos mesmos drones, milhões de outros serviços braçais – como os de monitoramento (segurança e vigilância) também estejam fadados a morrer. A esta altura você deve estar pensando, como eu, no cientista inglês Hawking: a tecnologia talvez esteja indo longe demais, aonde nem precisava! Parece não haver limites quando o assunto são as mudanças que estão por vir. A popularização da impressão em 3D, por exemplo, é outra novidade que vai, muito provavelmente, revolucionar nossas indústrias. Descobri hoje – conversando com meu dentista – que as obturações já podem ser feitas por moldes a partir de imagens 3D enviadas aos laboratórios. Fiquei pensando que talvez os próprios dentes possam ser feitos/redesenhados a partir da realidade que a tecnologia em 3D permite. Certamente a função dos dentistas e protéticos e dos médicos também mudará completamente!
             Mas e a fabricação de produtos, também sofrerá consequências?  Com o avanço dos estudos da engenharia de materiais, está provado que será possível construir dentro de casa artigos que hoje estão em uma linha de produção, como mostra este artigo, feito já no Brasil. Isso significa que os marceneiros deixarão de existir? E as fábricas, como conhecemos hoje, serão repensadas? Será possível construir casas a partir da impressão em 3D? Uma empresa chamada WASP, na Itália, já demonstrou que isto é possível.
              Big data, inteligência artificial, robótica…! Quais outros profissionais isso tudo vai afetar? Será que os contadores e auditores serão substituídos por programas de computador ou aplicativos de celular? E as mudanças na medicina: ainda teremos médicos nos consultórios? Ou chegará o dia em que, ao nos sentirmos mal, vamos entrar em uma farmácia (se elas ainda existirem), nos dirigir a uma máquina que vai colher nosso sangue com uma simples picada no dedo e vai, em seguida, informar que remédio tomar, com posologia e duração?  Existirão médicos e enfermeiros ou este trabalho será feito por robôs? Um mistério para o qual teremos resposta em pouco tempo, certamente.
              Tudo isso prova que o futuro é fascinante e cheio de novas verdades. Pensando no perfil da geração Y, esses nativos digitais e loucos por tecnologia vão se adaptar a tudo isso com uma facilidade enorme. Afinal, suas vidas têm sido pautadas por mudanças constantes, entre bits e bytes. Mas eu sempre me pergunto: nós, das gerações mais velhas, estamos preparando os jovens para essa realidade? Ou ainda temos universidades voltadas para profissões do passado, com funções que já não serão exercidas da mesma forma? Com estas novas mudanças, o conceito de “long life learning” (aprendizado contínuo) do qual tanto falam os RHs, é mais urgente do que nunca! Qualquer engenheiro, médico, economista, agrônomo, físico, químico ou dentista que não se atualizar constantemente estará fora do mercado.
               Acredito que a mudança deva começar pelos profissionais de RH, em especial recrutadores. Será necessário desaprender e reaprender a cada dia. A bagagem adquirida na faculdade, ainda que o profissional tenha se formado no ano passado, provavelmente já não é mais a melhor forma de conseguir um bom resultado ou performance. Sabemos que a maior parte das vagas no Brasil não consegue ser preenchida por falta de qualificação profissional, segundo o SINE. A taxa de aproveitamento é de somente 25%.
               E nós, em nosso papel de família, como podemos ajudar nossos filhos e netos a se prepararem para este cenário cheio de desafios? Como contribuir para que as escolas formem melhor nossos pequenos para esta realidade que já bate à nossa porta? E as organizações, como serão estruturadas daqui em diante? Vale lembrar que o trabalho à distância é uma possibilidade positiva e que deve ser considerada pelas empresas na relação com seus empregados. Mas vamos e venhamos: nada disso deveria assustar tanto assim. Nem a tecnologia nem qualquer previsão me convencem que seremos completamente substituídos por máquinas. Acho que elas vêm sim substituindo gente e eliminando postos de trabalho (o inglês Tim Harford, economista, escritor e colunista do Financial Times, escreveu há um ano sobre isso), mas não dá para dizer que elas vão, literalmente, tomar 100% das nossas tarefas. Senão, quem irá construir as máquinas e pensar na tecnologia, afinal?

             Pessoalmente, acho uma delícia viver nesse ambiente de constante mudança. Essa vibenos movimenta, nos faz sentir vivos e demanda nossa visão crítica constantemente. Nos impele a rever e verificar se nossas ideias e projetos ainda são válidos e factíveis, nos obriga a refletir e antever o mercado com seriedade. Em vez de prever nosso fim enquanto raça humana prefiro aproveitar ao máximo as coisas boas desse admirável mundo novo. Espero que você esteja do mesmo lado que eu.
http://dtcom.com.br/avanco-da-tecnologia-impacto-nas-profissoes-futuro/
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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dicas para fazer Redação no ENEM

Redação no ENEM (Dicas) 

Aprenda a fazer a redação do Enem passo a passo

Estudantes explicam como fazer uma boa redação no Enem

Possíveis temas para 2015

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O mestre, o professor e o instrutor.


O Mestre, o Professor e o Instrutor

As palavras “mestre”, “professor” e “instrutor” geralmente são associadas a pessoas que transmitem conhecimentos e educam, mas trazem consigo diferentes significados. Cesar Augusto Dionísio, professor, economista e colunista da revista Profissão Mestre, busca compreender as diferenças entre essas três figuras, além de incentivar os professores a buscarem ser verdadeiros mestres para seus alunos.
O Mestre pede aos alunos para ouvirem o barulho da chuva que cai lá fora,
O Professor reclama da chuva que cai lá fora,
O Instrutor não vai trabalhar porque está chovendo.
O Mestre olha para uma conclusão lógica e diz “Aqui começa o conhecimento”, e isto o incomoda,
O Professor olha para uma conclusão lógica e diz “Aqui termina o conhecimento”, e isto o pacifica,
O Instrutor só consegue trabalhar com conclusões lógicas, isto paga o seu salário.
O Mestre crê que a poesia pode ser ressuscitada no momento em que for asfixiada,
O Professor crê que a poesia pode realmente ter morrido,
O Instrutor só quer saber onde será o enterro, depois de ter rezado para a poesia ter logo se suicidado.
O Mestre ouve, pensa e fala,
O Professor ouve, fala e pensa,
O Instrutor fala, fala e só fala.
O Mestre cuida da educação e seus interesses,
O Professor cuida do aluno e seus interesses,
O Instrutor cuida dele próprio e seus interesses.
O Mestre se orienta a partir dos que precisam dele e não entenderam o assunto,
O Professor se orienta a partir dos que não precisam dele e que entenderam o assunto,
O Instrutor se desorienta na frente dos que mais precisavam dele, sem saber se entenderam ou não o assunto.
O Mestre demonstra ao aprendiz o valor do erro,
O Professor revela ao aprendiz o valor do acerto,
O Instrutor só se preocupa em acertar.
O Mestre avalia seus alunos para que eles possam se conhecer melhor,
O Professor avalia seus alunos para que possa conhecê-los melhor.
O Instrutor avalia seus alunos para ter uma forma de puni-los.
O Mestre sonha que a educação é possível e acredita,
O Professor acredita que a educação é um sonho,
O Instrutor sonha apenas com o fim da aula.

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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Encantamento x Espanto por João Luiz Muzinatti

ENCANTAMENTO X ESPANTO por João Luiz Muzinatti.

O que pode fazer com que uma criança, um adolescente ou, até mesmo um adulto, se apaixone pelo conhecimento? E, aqui, paixão representa aquele sentimento capaz de fazê-lo abrir mão de momentos de lazer ou de descanso para estudar, buscar soluções para problemas desafiadores ou simplesmente querer saber mais (e procurar respostas) sobre determinados temas. “Um professor motivador”, muitos responderiam. Mas, quem é esse mestre capaz de fazer com que o aluno queira saber mais – e não se contente com o que é apenas necessário?

Certa feita, preparei cuidadosamente uma aula, quando ministrava Filosofia num curso de graduação em Pedagogia. Ficou simplesmente maravilhosa. E os alunos, de fato, se encantaram com o tema e a abordagem. Participaram o tempo todo, com qualidade. Após momentos de uma discussão deliciosa, perto do final da aula, uma aluna da primeira fila me pediu para “fechar logo a aula” pois não se aguentava de curiosidade sobre o desfecho daquele debate. Não tardei em resolver suas dúvidas e apresentei o grand finale. Todos ficaram ainda mais maravilhados e a aula foi fechada da melhor maneira possível – pelo menos, foi o que pensei. Deixei a sala com a alma lavada e aquele ânimo que temos quando sentimos que nossa aula valeu a pena. Pensava que havia plantado a sementinha da paixão, que faria com que a maioria passasse a semana envolvida com o tema.

Na semana seguinte, porém, entendi que me equivocara enormemente. Ao perguntar sobre quantos haviam lido o texto suplementar que indicara, percebi, para minha surpresa e desalento, que ninguém havia se debruçado sobre o tema. Ninguém! A discussão maravilhosa, que foi capaz de fazê-los se encantar por um determinado tema da Filosofia, parecia ter morrido naquela mesma noite. Onde estavam aqueles alunos que ficaram maravilhados? Afinal, “a aula havia encantado a todos”, me dissera, animadíssima, a coordenadora, no dia seguinte. Mas, que ânimo era aquele que, em menos de sete dias, não conseguiu fazer com que um único aluno se dispusesse a rever e aprofundar o tema? A aula fora ótima! Participação total! Encantamento! O que havia saído errado, então?

Ao indagar os alunos, ouvi, entre outras desculpas - a maioria havia me alegado ter várias ocupações paralelas -, que a aula tinha sido ótima e que não necessitaram de mais nada. Estavam satisfeitos! Agora, bastaria darem uma estudada para a prova e tudo sairia bem.

Claramente percebi que havia dois objetivos distintos. Da parte deles, o importante seriam as boas notas na prova – e, de quebra, ainda desfrutaram de um momento delicioso, pensando e dizendo coisas com que nunca, nem sequer, sonharam. De minha parte, não queria que se preparassem apenas para a prova. Aliás, nem pensara nisso quando planejei a aula. Vislumbrava estudantes pensando, buscando novas respostas e – o que é melhor – novas questões. Gente querendo encontrar novos caminhos de percepção do mundo. Gente que se transformasse a partir da aula e que projetasse essa transformação no mundo. Gente querendo cada vez mais conhecimento! Afinal, para onde escoara todo aquele encantamento?

Meses depois, naquele mesmo ano, vivenciando frustrações desse mesmo tipo e não sabendo como mudar a situação, aconteceu um fato que mudaria radicalmente minha percepção e minhas aulas. Num desses debates cuidadosamente planejados e articulados, os alunos estavam em clima de êxtase, já esperando pelo “fechamento” da aula, quando a solerte coordenadora entrou na sala para dar um aviso. Lembro-me muito bem: iria informar aos alunos que, no dia seguinte, não haveria aulas em razão de uma reunião.
Apesar de contentes com a notícia, viram, frustrados, que os dois ou três minutos de conversa com a coordenadora haviam lhes roubado os últimos instantes da aula. Isto significava que o “fechamento” da minha aula teria de esperar até a semana seguinte para acontecer.

Alguns não pareciam frustrados, mas havia boa parte da sala querendo uma palavrinha ou outra sobre como o dilema criado se resolveria. Não podendo finalizar em respeito ao professor da aula seguinte que chegava, fiz apenas uma indicação de um livro onde encontrariam uma pista para que o mistério fosse desvendado. Tratava-se de um posicionamento filosófico de um autor – Sartre, para ser mais exato - sobre certa questão filosófica,  e o livro indicado era um manual de filosofia, o qual discorria também sobre o pensamento sartreano.

Saí sem grandes expectativas, pois sabia que uma semana – ainda mais com um feriado no meio – era o suficiente para fazer dissiparem-se todos os amores que a Filosofia ou qualquer outro campo do saber pudessem despertar. Na semana seguinte, já havia me preparado para terminar a discussão sobre o tema anterior e preparara inclusive um novo assunto para a discussão da noite. Porém, não foi possível levar a cabo meu planejamento. E isto por uma simples razão. Três alunas, que haviam procurado as respostas no texto indicado, traziam, mais que soluções, novos questionamentos sobre Sartre. E o que é mais interessante: haviam buscado novas fontes para tratar as minhas e as novas questões levantadas.

Em poucos minutos, conseguiram mobilizar e agitar toda a turma e a aula foi muito mais rica do que jamais pudera imaginar. E fui quase que um consultor eventual, pois as meninas pareciam querer dirigir a aula. Falavam com fluência e embasadas pelos textos todos que haviam lido. No final, não deixei de fechar a aula, mas foi muito, muito além do que previra. A aula dera frutos e três pessoas – e mais algumas que ficaram seduzidas pelo brilho dos olhos das primeiras – passaram a amar e (pasme-se) ler Sartre – por curiosidade e prazer.

Pensei, naquela noite, que talvez uma pequena luz havia se acendido. Sim, pois, se encantamento não sobrevivera, um outro fator havia aparecido. O incômodo. Ou, por que não dizer, o espanto! Naquele momento, lembrei-me dos dizeres de Aristóteles sobre o saber filosófico surgir do espanto. E pensei que se espantar não é o mesmo que se encantar. Afinal, qualquer beleza pode nos encantar, mas não nos intrigará se já nos for apresentada pronta e acabada. O mundo narrado nas suas curiosidades e belezas nos fascina. Mas, somente quando nos deparamos com situações que nos incomodam e nos tiram o sossego, é que nos mobilizamos para tentar saber de suas verdades. Em outras palavras, somente quando algo nos causa espanto é que passamos a querer dominá-lo e desvendá-lo de fato.

O humano sempre se espantou com as situações fantásticas e enigmáticas da natureza – tempestades, o dia e a noite em períodos regulares, a própria morte e tantos outros fenômenos. Mas, o elemento mais forte sempre foi o fato de não possuir respostas imediatamente à mão. E isto fez com que tentasse desvendá-las a qualquer custo, fosse buscando respostas nas mitologias, nas religiões ou, mais tarde, usando somente a razão e o mundo natural observado como material e equipamentos de investigação. Afinal, a necessidade de compreendê-las, até mesmo para dominá-las, causava inquietação e tirava qualquer tranquilidade.

Espanto pode ser entendido como sobressaltosusto ou, até, assombro perante algum fato. Espanto acontece não só pelo encantamento, mas também pelo desassossego por não se dominar as causas, os porquês, as mais variadas (e possíveis) decorrências. Não posso deixar de pensar na situação tão comum da pessoa que tem diagnosticada para si uma enfermidade um pouco mais séria que o comum. Sem que lhe seja ordenado ou sugerido, parte para uma investigação minuciosa sobre a tal doença. Pesquisa, consulta várias fontes, compara-as.  Tudo deve ser muito bem entendido. E é comum nos admirarmos com a fluência com a qual a pessoa fala sobre sua enfermidade. Não se contenta com o conhecimento superficial, mas quer saber muito. Quer saber tudo!

De alguma maneira, os grandes pensadores (cientistas, filósofos) devem ter sido tirados de seu estado de conforto, quando se espantaram com alguma situação da natureza, do ser humano ou do que quer que seja. Saíram do conforto porque as respostas não lhes foram sopradas por ninguém. Se formos procurar na história da vida de gente como Galileu, Newton ou Einstein, veremos que, apesar de brindados pela vida com grande inteligência, somente lograram grandes feitos porque, lutando contra empecilhos de todos os lados, puderam sanar boa parte do espanto que os fenômenos da natureza lhes trouxeram.

Sem dúvida, a interrupção despretensiosa da coordenadora me abriu um novo e importante caminho. A partir daquele dia, comecei a não dar mais as coisas prontas para os alunos. Além disso, tornei o enfoque dos temas mais complexo. Ao encantamento possível, passei a colocar elementos de desassossego, de incômodo, de espanto. Mais que espetáculos para encantar, minhas aulas passaram a ser desafios, enigmas a serem desvendados. A partir dali, pude chegar nas semanas seguintes e perceber que pelo menos alguns alunos da turma haviam se debruçado sobre meus mistérios.

É verdade que deixei de ser unanimidade. Alguns passaram a me ver como o sujeito que não facilita as coisas. Não era mais o “amigão”. Afinal, trocara o encantamento pelo espanto. Mas, as aulas estavam sempre concorridas, principalmente no seu início. E descobri uma outra coisa: passei a trabalhar menos. No início de cada aula, para “fechar” as discussões, sempre apareciam jovens pesquisadoras repletas de argumentos, cheias de vontade e tratando o meu tema como a um fenômeno gigantesco e fantástico. Ou, penso eu, hoje, como a uma doença incurável. É isso! E talvez elas próprias nunca mais tenham se curado daquele desejo de buscar respostas a qualquer custo. Quem sabe não estejam doentes de paixão?

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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Gilson Biondo entrevista Andréa Camargo - TV Cidade

Vamos falar sem medo sobre educação! 

ANDRÉA CAMARGO fala sobre PROJETO PARCERIA e as frentes de trabalho onde atua no programa TV Cidade com GILSON BIONDO ... Imperdível.  






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