sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade Profissional: da Terra ao Profissionalismo Pessoal por Andréa Rosa


Publicado no jornal “Inform@-CIL” março 2011. 

O termo “sustentabilidade” vem ganhando força. Definitivamente entrou nos contextos mais diversificados das agendas das empresas. Profissionais das mais variadas áreas procuram conhecer, aprofundar, repensar e pesquisar todo e qualquer conhecimento a respeito desse assunto. Pedro Jacobi, da USP e coordenador do Teia (Laboratório de Educação e Ambiente) autor de “Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade” afirma que “os grandes desafios para os educadores (...) são, de um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso, solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo a uma visão global e crítica das questões ambientais e a promoção de um enfoque interdisciplinar que resgate e construa saberes”.

Em “Pedagogia da Terra: ecopedagogia e educação sustentável” Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, confronta o modo como produzimos, consumimos e convivemos de uma maneira mais radical e abrangente. Gadotti solicita para que tenhamos “um novo olhar sobre a educação, um olhar global, uma nova maneira de ser e estar no mundo, um jeito de pensar a partir da vida cotidiana, que busca sentido em cada momento, em cada ato, que ‘pensa a prática’ (Paulo Freire) em cada instante de nossas vidas, evitando a burocratização do olhar e do comportamento”.

Se de um lado temos esses e tantos autores, pedagogos, filósofos, pesquisadores levantando ações reais e concretas em busca de melhorias progressivas sobre a qualidade de vida atual e futura das pessoas que habitam na Terra, porque não repensarmos que não só a sustentabilidade ambiental, mas também a pessoal e profissional devem ser repensadas a partir de suas próprias práticas?

Todos nós temos convicção que os colégios são empresas vivas, pois quem compõe o espaço físico, são colaboradores e por tanto seres vivos.  Os quais sofrem e estão repletos de anseios, satisfações, decepções e muitas alegrias. São pessoas que dão ideias, que fazem projetos, repensam suas potencialidades e práticas, buscam melhorias e até aceitam determinadas regras de sobrevivência.     

Pessoas que levam com si próprios princípios éticos, morais, criativos, inovadores, muitas vezes não só buscando uma realização profissional mas,  tentando atingir resultados pré-estabelecidos por si próprio.

Seres humanos que ainda não perceberam que o termo “sustentabilidade” está intimamente ligado a “uma nova maneira de ser e estar no mundo”.  

Repense junto comigo alguns pontos essenciais para gerarmos parte de nossa “sustentabilidade profissional”:

-  Assuma a responsabilidade por seus atos.
-  Desenvolva a disciplina pessoal.
-  Conheça suas fraquezas.
-  Alinhe suas prioridades e seus valores.
-  Admita logo seus erros e peça desculpas.
-  Tome cuidado dobrado com as finanças.
-  Coloque a família antes do trabalho.
-  Valorize as pessoas.


Entre tantas características a serem mais desenvolvidas em 2011, insira naturalmente mais uma: assertividade! Seja e busque ser assertivo. Pessoas assertivas aceitam melhor os obstáculos, os fracassos e as adversidades da vida, tirando sempre lições positivas dos mesmos e mantendo sempre uma frase positiva “bola pra frente” para atingir seus sonhos e objetivos, nunca se isolando das pessoas com as quais convive e mais que tudo levam a vida com uma grande dose de alegria.

O filósofo Mário Sérgio Cortella explica que seriedade não é necessariamente sinônimo de tristeza ou falta de humor. “O contrário de seriedade não é alegria, mas, sim, falta de compromisso”. Para ele, não há dúvida de que o tema ‘sustentabilidade profissional’ pode ser tratado com bom humor. “Por ser um tema sério, precisa de atração, sedução e conexão, e isso o humor pode oferecer. O humor serve para encantar e não apenas para distrair ou fazer desaparecer o foco. Como uma expressão inteligente da capacidade humana, espanta, interroga, surpreende, ensina e faz pensar”. 


Ainda não apareceu o Gandhi da sustentabilidade nem o Mandela da biodiversidade. Não apareceu nenhum Martin Luther King para a mudança do clima. Mas não basta um no mundo. Tem que ter aos milhões, em todas as atividades.”
Fernando Almeida.
Presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

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